quarta-feira, 20 de maio de 2009

O amor do Pai

“Ao testemunhar Adão os primeiros sinais da decadência da natureza, com o cair das folhas e o murchar das flores, chorou mais sentidamente do que os homens choram hoje os seus mortos. As flores murchas não eram a razão maior do desgosto, visto serem tenras e delicadas; mas as altaneiras, nobres e robustas árvores arremessando suas folhas e apodrecendo, apresentavam diante dele a dissolução geral da linda natureza, que Deus criara para especial benefício do homem.” (Ellen White, História da Redenção, pág. 55)

Ao ler esse texto, sempre me emociono. Fico pensando em como deve ter doído àquele homem ver tudo se acabando ao seu redor, e pensando como era culpado.

Uma das lições da escola sabatina de 2008 nos fala sobre isso. Lemos assim:

“Paulo também ensina que a queda de Adão e Eva colocou o mundo natural sob o poder do pecado: “Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou” (Rm 8:20, NVI). O poder danoso e corruptor do pecado alcançou a criação de Deus neste planeta. O verbo sujeitar indica que a natureza está sob a autoridade de algum poder que usurpou sua verdadeira beleza e seu significado. Este foi o resultado, não de sua própria ação, mas de alguma outra coisa: a entrada do pecado (Rm 5:12). A natureza está agora “sujeita à inutilidade”. A palavra inutilidade designa aqui frustração e vazio. Essa palavra é usada em Efésios 4:17 para descrever não a natureza, mas os indivíduos que, à parte de Cristo, vivem “na inutilidade de seus pensamentos” (NVI). (Ángel Manuel Rodriguez, Lição da Escola Sabatina, 4º trimestre de 2008).

Fico a imaginar o sofrimento de Adão. Ver tudo aquilo acontecendo, ele, que tinha visto o mundo nos seus primórdios, na sua perfeição edênica. Ele que nunca havia visto uma flor murchar, um animalzinho morrer, uma folha cair da árvore. Adão, que nunca havia sentido dor, nem nunca havia ouvido alguém chorar, teve que ver sua amada esposa Eva chorar e se contorcer, quem sabe até gritar de dor, para dar à luz seus filhos. O primeiro homem que existiu neste mundo, que nunca havia visto a morte, teve que ver um de seus filhos morrer assassinado pelo próprio irmão, e o outro fugir pelo mundo, onde viveria a correr de um lado para outro, sem mais paz…

Quantos de nós já não nos sentimos assim? Por causa de nossos erros, sejam eles em forma de palavras, pensamentos, atos ou omissões, quantos já fizemos sofrer? E, ao ver seus sofrimentos, arrependidos e amargurados, choramos, nos lamentamos, nos arrependemos, sofremos…

Assim foi com Adão, assim é com cada um que veio após ele, para viver aqui neste mundo. Sofrimento, tristeza, arrependimento, coisas que Deus nunca quis que existissem no meio de nós, fazem com que nossa vida tenha tantos momentos infelizes.

Mas, eu me alegro em saber que isso não é tudo. A vida não se resume a sofrer, fazer outros sofrerem, viver em tristeza perene. O pecado, o mal que atingiu nosso mundo, não pegou Deus de surpresa. Não! Nosso Deus tudo sabe, ele é Onisciente, Ele tem pre-ciência, sabe tudo desde o princípio! Ele sabia o que poderia acontecer caso o mal penetrasse no nosso planeta. E Ele já tinha tudo preparado. A Bíblia diz que Jesus é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8). Desde antes de existir a Terra, Deus já tinha tudo preparado. “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23), alguém pecou, alguém teria que morrer, Deus não poderia ir de encontro à Sua própria lei. Mas Ele “amou o mundo de tal maneira, que deu Seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Como Deus é maravilhoso! Ele nos ensinou o caminho em que devíamos andar, mas nós escolhemos nos desviar dele, e havia uma penalidade. Deus é justo, e não poderia deixar de aplicá-la. Mas Ele também é misericordioso, e decidiu levar sobre Si mesmo o resultado do erro que cometemos. Por causa disso, podemos ter conforto, na certeza de que há esperança para nós.

“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.” (Romanos 5:10 e 11).

Louvemos a Deus, pois Seu amor por nós dura para sempre!

“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” – I Coríntios 15:57

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