quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tende bom ânimo

Esses dias tenho andado triste. Sem vontade de fazer muita coisa além de trabalhar e zanzar pela internet nas horas vagas. Ler, fazer palavras-cruzadas, assistir a um bom filme, nada disso me anima. Interessante que há dois dias estava tão bem... Mas isso tem acontecido bastante comigo nos últimos tempos. "De repente" me entedio facilmente, fico triste e não tenho vontade de nada.

Talvez seja porque meu temperamento é melancólico. E talvez ele venha aflorando mais do que devia nessas ocasiões. Pode ser depressão também. E também a minha baixa autoestima, somada ao fato de que eu me importo muito com o que pensam ou dizem, especialmente quando isso que pensam ou dizem diz respeito a mim.

Eu fico inconformada quando isso acontece. Ainda por cima, fui mal interpretada (e não foi a primeira vez), tendo sido duramente (ao menos eu senti assim) acusada de coisas que nunca fui ou fiz. Juntou tudo, e eu chorei. Fiquei triste demais e minha situação piorou. Nessas horas, somos tentados a não aceitar, pensando no quanto outras pessoas parecem felizes o tempo todo.

Mas Jesus disse: "No mundo, passais por aflições;" (João 16:33). Quando me lembrei disso, vi que não devia me perguntar o porquê do sofrimento. É assim mesmo, neste mundo não há coisas perfeitas, e nem estamos alegres todo o tempo. E quem sou eu pra merecer vantagens, mordomias? Somos injustiçados, somos incompreendidos, ficamos deprimidos... Isso não é bom, não é o que Deus sonhou, mas é real.

Só que Jesus não terminou a frase com a palavra "aflições". Ele continuou: "mas tende bom ânimo; eu venci o mundo". Ainda bem que Ele venceu. Isso nos dá a certeza de que podemos vencer também. Dá-nos esse ânimo, bom Pai, para que passemos por tudo com fé. E, após atravessarmos o mar das dificuldades, que possamos Te louvar porque estiveste todo o tempo ao nosso lado!


domingo, 3 de outubro de 2010

Era sábado

Fazia tempo que não me sentia tão bem como me senti ontem. Deitada num colchão no chão, na sala onde ficam o computador e o armário de livros, e que também serve de quarto de hóspedes, eu fiquei de frente pra janela aberta, que servia de moldura para um lindo céu azul.

Ao som de tranquilas músicas, fiquei ali, somente a contemplar o céu, quando surgiram pássaros voando. A sensação foi maravilhosa. Sou da cidade grande, morava em apartamento, a janela do meu quarto, como da maioria dos apartamentos hoje, é muito pequena. Na varanda, eu às vezes podia me dar ao luxo de olhar o céu à noite, mas a poluição não me permitia ver as estrelas como gostaria.

Agora, morando numa cidade mais afastada dos grandes centros, com um janelão enorme e um colchão colocado em posição favorável - algo que não foi intencional - acabei tendo o privilégio de ficar bem de frente para o lindo céu, e contemplar um dos vários presentes de Deus para mim. Momento único, perfeito. Sem falar nada, sozinha, pude louvar a Deus pela Sua criação e pela felicidade que aqueles instantes me trouxeram.

Mas o que me impressionou é que, fosse qualquer outro dia da semana, eu não poderia estar fazendo isso. Aos domigos, geralmente me sinto tão entediada que provavelmente não teria ânimo para tal. Durante a semana, nem pensar. Trabalhando de manhã e à tarde, eu não poderia me dar ao luxo de parar durante a manhã para fazer o que fiz. Mas era sábado. "...porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou." (Êxodo 20:11)

O sábado é aquele momento especial que Deus nos deixou para celebramos Seu amor, Seu sacrifício e ressurreição, para colocarmos em prática o amor ao próximo. Mas também é um momento para descansarmos e nos deixarmos restaurar por Ele para uma nova semana. Se não fosse o sábado, eu provavelmente não teria momentos assim. Agradeço a Deus por esse dia, prova clara do imenso amor dEle por mim. Você também pode experimentar a maravilha que é ter um dia só pra ficar juntinho do Pai que te criou e te ama. Tente. Tenho certeza que não irá se arrepender.

"Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse." (Isaías 58:13-14)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A mulher de Provérbios 31

Veja que interessantes essas declarações:

A madre estéril – nunca se farta (Prov. 30:16).
A mulher adúltera: come, e limpa a boca, e diz: Não cometi maldade (Prov. 30:20).
A mulher desdenhada quando se casa; a serva quando se torna herdeira da sua senhora – fazem estremecer a Terra (Prov. 30:23).

Em Provérbios 30 vemos uma série de frases que, a princípio, parecem desconexas e sem sentido. São muitas coisas que, imaginamos, o autor aprendeu ao longo de sua vida que não deve ter sido nada comum. Trazem algumas constatações interessantes. Mas não deixam de nos intrigar.

Porém, o que mais me chama a atenção é a constante referência às mulheres. E eu queria falar bem rapidamente sobre elas, antes de prosseguir:

A mulher estéril: algumas mulheres que não conseguem ter filhos, com o tempo, acabam se tornando obcecadas com isso, a ponto de chamarem a menstruação de monstra, visto que ela representa que seu sonho não se realizou. Desentendem-se com os cônjuges, e passam a viver em função de engravidarem, apenas. Isso se torna, em muitos casos, como um deus na vida dessas mulheres, que acreditam que nunca serão verdadeiras mulheres se não forem mães. Mas notem bem os pronomes que usei: algumas e muitos.

A mulher adúltera chega a um ponto em que passa a achar certo o que faz, afinal de contas, não matou, não roubou... Mas e as vidas que prejudicou? Uma mulher que consente em se relacionar com um homem casado ou mesmo solteiro, sendo ela a casada, traz uma série de prejuízos, não só para o homem com quem está ou sua família, mas especialmente para ela. O mais interessante é a linguagem que se usa: come e limpa a boca. É como se a mulher fizesse algo bem corriqueiro, como se, para ela, aquilo nada significasse.

E por fim, a mulher desdenhada quando se casa e a serva quando herda os bens de sua senhora: fazem a Terra estremecer. Há algumas coisas piores que uma mulher irada, embora poucas, mas há algo pior que um homem ou mulher arrogante? Que se sente um verdadeiro rei ou verdadeira rainha, mesmo sem ser? E a mulher que ganha sem nada merecer, e, do nada, de pobre se torna milionária? Nem é preciso falar muito, creio que todos conhecemos a altivez de um “novo rico” ou “emergente”...

Mas o mais interessante é que, logo depois, no capítulo 31, vem a descrição de uma mulher diferente, uma mulher virtuosa, podemos dizer assim. Não se sabe quem escreveu esse capítulo, não se conhece esse rei Lemuel, alguns acreditam que esse foi o nome que a mãe de Salomão deu a ele, mas não se tem certeza se isso é fato. O que me chama a atenção é como foi colocado bem depois de um texto que fala também de mulheres. É mais ou menos como se Deus estivesse querendo dizer: “Vejam, vocês acabaram de ver características que não são apreciadas em uma mulher, mas agora vou lhes mostrar como eu gostaria que a mulher fosse”.

E ao lermos os dois capítulos, as comparações são inevitáveis:

A mulher de Provérbios 30 nunca se farta, sempre quer mais e mais, a de Provérbios 31 “abre a mão ao aflito; e ainda a estende ao necessitado”.
A mulher de Provérbios 30 é adúltera, a de Provérbios 31 é fiel ao marido e louvada por ele.
A mulher de Provérbios 30 faz tremer a Terra, a de Provérbios 31 atende ao bom andamento de sua casa.

Eu quero muito ser a mulher de Provérbios 31. E você?

“Levantam-se seus filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.” – Prov. 30:28 e 29.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Não endureçais o vosso coração...

O que é ser cristão? Será que é obedecer a um monte de regras? Será que é viver se impondo sofrimentos e sacrifícios? Ou será que ser cristão é andar, falar, vestir-se e comer dessa ou daquela maneira?

Embora alguns ainda pensem dessa forma, ser cristão vai bem mais além de tudo isso. Ser cristão, usando um jargão, é um "estilo de vida". É tudo. Não é uma coisa que você diz, não é algo exterior apenas, não é somente seguir um conjunto de regras. É a sua vida toda.

Infelizmente, parece que hoje em dia há uma grande quantidade de pessoas que se intitulam cristãs mas que não entendem isso. Acham que o cristianismo é algo que se mostra. Uma roupa, uma comida, uma regra. E só. Já outros dizem "sou cristão", mas vivem alienados de tudo que tem a ver com ser cristão de verdade. Não sei se estou errada, mas esses é que me incomodam mais.

Procuram Deus apenas quando precisam, louvam-nO apenas quando Ele faz algo que elas querem. Durante todo o restante de tempo, vivem como se Ele não existisse! Não estão "nem aí" pra nada que diga respeito a Deus. Não se envolvem com atividades que poderiam fortalecer sua fé, não falam de Deus, só pensam em trabalho e/ou diversão. Deus? Só um estepe. Frases cristãs que aqueceriam o coração de alguém que as lesse? Que nada, isso é brega. Falar sobre Deus, ainda que via internet, onde você não precisa "mostrar a cara"? Deus me livre (aí, lembram-se dEle...)!

Agora, apesar de nunca "terem tempo" para Deus, sempre têm para as suas mais diversas atividades. Mas o que mais me irrita é que quando "a coisa aperta", clamam por Ele, pedem oração, fazem romaria e correm para todos os santos que puderem encontrar pela frente. Que vida interessante! Será que é assim que a gente se dedica a quem ama - ou diz que ama? Duvido que dure mais que um ano o casamento em que um dos cônjuges só busca o outro quando precisa - e geralmente quem só vai atrás de Deus quando precisa, age assim com os amigos e outras pessoas.

Mas o melhor disso tudo é que Deus não se importa. Mesmo que você não esteja se importando muito com Ele, Ele sempre está atrás de você. Ele se preocupa, Ele cuida, Ele abençoa, Ele tenta de todas as formas possíveis e imagináveis chamar a tua atenção. E mesmo que você se volte a Ele só por pouco tempo, e depois retorne àquela vida sem Deus e sem graça, Ele não fica bravo. Parte em busca de você novamente, e vai fazer isso quantas vezes forem necessárias para que você entenda o quanto te ama.

"Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração." Hebreus 4:7

sábado, 7 de agosto de 2010

Virtuoso

Um virtuoso (do Latim virtus, que significa: virtude, habilidade, excelência) é um indivíduo que possui uma habilidade fora do comum quando utilizando um instrumento musical.


Quando pensamos na nossa vida, na criação do Pai, não tem como não pensamos no virtuoso. Aquela pessoa que, quando realiza sua obra - no caso, tocar um instrumento - a faz de maneira tão maravilhosa que todos ficam extasiados ao contemplá-la.

Assim é com Deus. Tudo que Ele faz é maravilhoso, tudo é perfeito. Como diz uma canção, "não há uma nota de mediocridade em toda a Sua criação". Consegue você imaginar Deus criando esse mundo? Deve ter sido algo lindo de se ver! Cada detalhe observado com cuidado. Momentos calmos, delicados, como quando criou a borboleta ou as flores, alternados com momentos de intensidade única, como ao criar o rugido do leão, ou o oceano. Com toda a certeza, bem melhor do que ficar observando qualquer 'virtuoso' de hoje tocando um violino, por exemplo. Não é à toa que Paulo fala que, mesmo quem nunca ouviu nada sobre Deus, ainda assim não tem desculpa, pois existe a natureza para revelá-lO:

"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;" (Romanos 1:20).

A própria natureza - mesmo após milênios de pecado - ainda revela o poder de criação de Deus, toda Sua criatividade, diversidade e amor por nós. Mas a "virtuosidade" de Deus não se limita só à criação do que está ao nosso redor. Deus nos criou. E nos recria a cada dia, nos dando vida, novos pensamentos, nova motivação para viver, renovando nossa comunhão com Ele.

Se virtuoso é um indivíduo que possui uma habilidade fora do comum quando utilizando um instrumento musical, Deus é o Virtuoso das nossas vidas. Deus é quem nos toca, Deus é quem conhece a canção de nossa vida. Deixe Ele te tocar, e conduzir a melodia da maneira maravilhosa que só Ele sabe...


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Aprender a confiar

Eu acho que nunca escrevi algo tão íntimo. A meditação anterior foi um pouco, mas não tanto quanto acredito que essa será. Mas a verdade é que apenas falar com um e outro sobre o que te aflige - ainda que seja com o esposo e você tente falar tudo que sente e pensa - às vezes não é suficiente. Sou do tipo que parece que tem que escrever para externar perfeitamente. Não é à toa que faço parte de uma comunidade do orkut que se chama: "Escrever é minha terapia". Mas quero escrever hoje não apenas para desabafar, mas porque creio que haja alguém que pode vir a se identificar com o que estou passando, e pode ser que se sinta melhor após ler.

O fato é que ando em dúvida. Ando como quem andaria sobre uma nuvem, se isso fosse possível. O tempo todo com medo de afundar e cair numa queda sem fim. Ando sem saber o que fazer, o que pensar. Tenho medo até de dizer, mas talvez ande sem fé também.

Sempre fui daquele tipo de pessoa que adora pregar, se envolver nas atividades da igreja, viajar com o coral. E quando fazia qualquer uma dessas coisas, sempre me pegava pensando por que havia demorado tanto a aceitar a Deus em minha vida, pois poderia estar desfrutando desses momentos há mais tempo. Depois que meu esposo veio fazer Teologia, e nos mudamos, parece que esse meu "eu" ficou para trás. Simplesmente deixei tudo isso de lado. Até ir à igreja aos sábados pela manhã se tornou penoso. Não mais me envolvi em pregações (preguei uma vez, apenas, depois de me mudar, e lá se vão mais de três anos), não canto mais em coral, não me envolvo tanto em atividades eclesiásticas como fazia...

Claro, a mudança de vida foi, em grande parte, responsável por tudo isso. Comecei a trabalhar e depender de mim mesma, e não de meus pais, como era antes. Tive que passar a conviver com a realidade de ser esposa, cuidar de uma casa, pagar contas. Tudo isso é muito bom, mas também cansa e estressa muito. Pelo fato de meu esposo fazer Teologia, a cada sábado (antes era a cada semestre) estamos numa igreja diferente, o que dificulta a criação de vínculos e, consequentemente, o envolvimento na igreja. Por esse fato, também não posso participar do coral daqui, pois envolve muita atividade, coisa para a qual eu não teria tempo.

No começo, isso parecia normal. Afinal, eu ia para a igreja todo sábado, estudava a lição e orava, dava o dízimo. Fazia o que um cristão deve fazer. Mas hoje fico pensando em quanto poderia ter feito, em que outras atividades alternativas poderia ter me envolvido, se não tivesse sido tão medrosa ou preferido ficar na "zona de conforto". Tais atividades talvez nem fossem tão complicadas, cansativas ou difíceis, como eu imaginava. Mas o fato é que a sensação é de que "agora é tarde". Pode ser que não seja, mas é o que sinto. E ler a Bíblia, estudar a lição, orar, isso não é tudo. Sinto falta de algo mais, que não sei bem explicar o que é. Quero sentir Deus, em vez de apenas saber que Ele está comigo e que ter conhecimento disso é o suficiente. Quero ouví-lo, tocá-lo...

Outra coisa que me incomoda é o fato de não sabermos bem o que vai acontecer quando meu esposo se formar. Na nossa denominação, quando alguém se forma em Teologia, é chamado para alguma igreja que necessite de um pastor. Acontece que ainda não sabemos que lugar é esse, no nosso caso. Meu esposo, que tem sonhos de fazer mestrado e doutorado, ainda não sabe como nem quando vai fazer isso. Eu, que não tenho grandes ambições para minha carreira, apenas quero fazer residência, preciso ir para um lugar em que possa prestar o concurso, mas tenho medo, pois não sei para onde iremos.

Com todo esse turbilhão de coisas, tenho ficado muito ansiosa (até insônia, coisa que eu nunca tive, estou tendo agora), e também muito triste. E talvez nem devesse ficar tanto na internet, mas ela até que me ajuda a espairecer. E foi então que tive a ideia de escrever essa meditação. Não só para me ajudar, como falei antes, mas para ajudar outros. Para fazer algo de útil com essas coisas que estou vivendo. Não tenho as respostas. Não sei o que Deus quer de mim. Queria ter certeza de que estou no caminho certo, de que Ele quer que meu esposo seja mesmo um pastor/professor, de que nossa vida deve ser para serví-lO em Sua obra. Quero muito isso, mas ainda não consegui. Não entendo o porquê de tanta angústia e me culpo por não ter fé. Mas ouvi duas músicas que me ajudaram a refletir e se não deram todas as respostas que eu queria, pelo menos fizeram com que eu começasse a refletir não no "porquê", mas no "para que" de tais fatos terem lugar em minha vida.

Não sei o que você está vivendo agora, mas não importa. Deus está conosco, TODO o tempo. Ele sabe de todas as coisas. Nada pode nos separar dEle. Mesmo que não sintamos, está ao nosso lado. Confie nisso, e ouça essas canções. Medite nelas, e creia:

"Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." Romanos 8:38-39

"Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos." Romanos 8:24-25



sexta-feira, 16 de julho de 2010

Há solução para mim

Ontem, antes de dormir, pensei em várias coisas. Foram tantas que nem me lembro de todas. Mas hoje, estudando a lição da escola sabatina, deparei-me com uma pergunta que tem tudo a ver com o que senti na noite passada: Quando você fez pela última vez uma boa avaliação de si mesmo, seus motivos, suas ações e seus sentimentos? Essa pode ter sido uma experiência muito dramática, não pode? Qual é sua única esperança?

Ontem fiz essa autoavaliação. E fiquei mesmo me sentindo mal. Triste por saber quão falha e pecadora sou. Como diz a Bíblia, "Não há justo, nem um sequer" (Romanos 3:10).

Isso nos deixa cabisbaixos. "Todos pecaram e carecem da glória de Deus". A frase de Paulo até hoje ecoa em nossos corações, relembrando-nos de quão miseráveis somos. E mesmo se somos cristãos e conhecemos a Bíblia, não estamos isentos de culpa: "Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? (...) e, porém, tu, que tens por sobrenome judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus; que conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei; que estás persuadido de que és guia dos cegos, luz dos que se encontram em trevas, instrutor de ignorantes, mestre de crianças, tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade; tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Dizes que não se deve cometer adultério e o cometes? Abominas os ídolos e lhes roubas os templos? Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa" (Romanos 2:1-3, 7-24).

É tão triste ler isso. Ainda mais quando me lembro de que julgar é um dos meus piores defeitos. Fico procurando erros nos outros, seja pra mostrar que eu sou melhor, ou porque não me acho "lá essas coisas", e fico querendo diminuir os outros para me sentir um pouquinho melhor, seja porque tenho baixa autoestima e não me sinto bem como pessoas que parecem não ter esse problema, e tento ver algum defeito em quem parece não ter nenhum, como forma de me consolar... São tantas as justificativas, mas nenhuma torna aceitável essa atitude que não só eu, mas tantos de nós temos.

Mas fico feliz em saber que há salvação para nós também. Louvado seja Deus por isso. Apesar de sermos maus, Deus é sempre bom para conosco. Veja o que encontrei nessa lição que estudei hoje:

Embora sejamos maus, nossa situação não é sem esperança. O primeiro passo é reconhecermos nossa absoluta pecaminosidade e também nossa incapacidade de fazer qualquer coisa por nós mesmos a esse respeito. É obra do Espírito Santo provocar essa convicção. Se o pecador não Lhe resistir, o Espírito o levará a se desfazer da máscara de autodefesa, presunção e justificação própria e lançar-se sobre Cristo, pleiteando Sua misericórdia: “‘Ó Deus, sê propício a mim, pecador!’” (Lc 18:13).


Aleluia! Há esperança, mesmo para quem se acha o maior dos pecadores! Se nos arrependermos e buscarmos a Deus, Ele é misericordioso para não só nos aceitar, como nos transformar. Não sei qual é seu defeito, se é a hipocrisia, o julgamento, a ira, a inveja, a contenda, a luxúria... O que sei é que sempre há uma solução. E o nome dela é Cristo. Busque-o, clamando, ‘Ó Deus, sê propício a mim, pecador!’, e verá que a resposta virá prontamente. Há esperança para todos nós. Que alegria, pois Deus nos ama, apesar de sermos quem somos. Mandou Seu filho para morrer por nós, e agora temos direito ao que Ele tinha e abriu mão para vir aqui nos salvar. Que Deus maravilhoso!

sábado, 10 de julho de 2010

Um pastor, um rei...

"Disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque, dentre os seus filhos, me provi de um rei." - I Samuel 16:1

Muitos conhecem Davi por ter derrotado o gigante Golias. Outros o conhecem pelo relacionamento extra-conjugal que teve com Bate-Seba. Outros ainda o lembram como pai de Salomão. Mas nem todos sabem como tudo começou.

Davi era o mais novo dos oito filhos de um homem chamado Jessé. Ninguém sabia ainda, mas Deus o havia escolhido para ser o rei. E enviou o profeta Samuel para dar essa notícia à família. Quando Jessé soube disso, mandou chamar seus filhos e um a um, a partir do mais velho, foram levados a Samuel.

O profeta de Deus até que se animava quando via os belos e fortes rapazes. Inclusive, ao ver o primeiro, Eliabe, pensou logo: "Certamente, está perante o Senhor o Seu ungido". Mas Deus logo mostrou que não era aquele, dizendo a Samuel: "Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração" (I Samuel 16:7).

E assim, um a um os filhos passavam, e Samuel dizia: "Não é este". Por fim, não restava mais ninguém. E Samuel perguntou a Jessé se ainda havia outro filho, pois a nenhum daqueles o Senhor havia escolhido. E sim, havia outro. O mais novo, que era pastor e se chamava Davi.

Sempre que chego nessa parte da história, lembro de Cinderela. Quando o príncipe chegou na casa em que ela morava com sua madastra e meias-irmãs, claro que a madastra falou que não havia mais ninguém porque não queria que uma pobre escrava fosse princesa no lugar de suas filhas. No caso de Jessé, talvez ele não imaginasse que Deus escolheria justo o mais novo, mais franzino, um simples pastorzinho. Mas foi o que Deus fez. Quando Davi entrou, o Senhor disse a Samuel: "Levanta-te e unge-o, pois este é ele. Tomou Samuel o chifre do azeite e o ungiu no meio de seus irmãos; e, daquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apossou de Davi" (I Samuel 16:12-13).

Às vezes, pensamos que não somos ninguém. Não temos importância, não valemos a pena, nem nossos pais "botam fé" em nós. E isso vai fazendo nossa autoestima cair até chegarmos no fundo do poço. Mas a verdade é que, quando Deus quer nos usar, ele não se importa com o que os outros pensam. Não importa se o acham muito fraco, muito simples, muito bobo. O homem vê o que está por fora; só Deus pode ver o que está dentro de cada um de nós. Por isso, não pense de si o que os outros pensam, mas procure ver como Deus vê. Peça a Ele essa capacidade. Não para se tornar arrogante, e sim para dar a si mesmo o valor que tem. Lembre-se disto: onde o homem vê só um pastor, Deus enxerga um rei...

sábado, 26 de junho de 2010

Ascendência de Cristo - final

Não poderia falar de todas essas mulheres tão maravilhosas e tão parecidas conosco sem fazer um "fechamento" do assunto.

Nós sempre imaginamos que as pessoas que se dizem cristãs ou que tenham algum tipo de crença em um Ser Superior sejam "perfeitas". Quando vemos um político ser acusado de corrupção, achamos normal. Quando alguém fala que o juiz é ladrão, num jogo de futebol, rimos daquilo, e pensamos: "todos são", especialmente quando seu time do coração foi o prejudicado pela má arbitragem. Mas quando se fala de um "crente" que comete erros, nós nos espantamos.

De certa forma, é normal o assombro. Afinal, o crente é aquela pessoa que está sempre aprendendo aos pés de Jesus, está sempre lendo a Bíblia e vendo o que é certo e o que é errado. E se não está fazendo essas coisas, deveria. Então, ele vai sempre agir da forma mais correta possível, e provavelmente nunca vai cometer erros.

Deveria ser assim, mas não é. Todos nós, creiamos em Deus ou não, somos pecadores por natureza. Temos uma natureza pecaminosa, que tende ao erro constantemente. Não foi à toa que Isaías disse: "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam" (Isaías 64:6). Um tanto forte, não? Forte, mas verdadeiro. Somos pecadores, queiramos ou não. E mesmo quando nos voltamos a Deus e clamamos a Ele, mantemos comunhão constante, diária, lemos a Bíblia e oramos, em busca de santificação - que vem dEle apenas e não de nada que façamos - nós continuaremos a ser pecadores.

Por isso, quando tentado a esperar perfeição de um crente ou de qualquer personagem bíblico, olhe para si mesmo, e veja como você realmente é. Não estou aqui querendo desculpar os erros de ninguém, mas sim tentando fazer que você entenda quão gratos devemos ser porque as mulheres da ascendência de Cristo eram tão falhas. Se Deus tivesse colocado ali apenas mulheres "perfeitas", isso significaria pelo menos duas coisas: 1) Ele só aceita as perfeitas para tomarem parte na Sua obra terrestre, e 2) nós não teríamos qualquer identificação com elas. Seriam como semi-deusas, cujas histórias iríamos apenas admirar, mas nunca nos serviriam de inspiração, pois seriam totalmente diferentes das nossas.

Mas louvado seja Deus que é o contrário. Ele colocou mulheres imperfeitas, como nós. Mentirosas, incompreensivas, com um passado que gostariam de esquecer... Quis nos mostrar que nos aceita como somos, e usa-nos, ainda que sejamos pecadoras, para fazer coisas maravilhosas acontecerem. Graças a Deus que Ele chamou mulheres e homens com os quais podemos nos identificar. Graças a Deus que podemos ter certeza de que Ele é capaz de nos usar e ainda nos transformar - não importando qual tenha sido nossa vida pregressa - para que sejamos aquilo com que Ele sempre sonhou.

Essa série de reflexões acaba aqui. Mas que nós nunca nos esqueçamos dos exemplos de Tamar, Raabe, Rute, Bate-Seba e Maria. Mulheres como nós, mas que se permitiram usar pelo Senhor, tornando-se canais para a salvação dos homens. Que esse seja o seu e o meu desejo: servir, ainda que pecadores.

sábado, 12 de junho de 2010

Ascendência de Cristo - parte V: Maria

“E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. ” (Mateus 1:16)

Chegamos à última mulher mencionada na genealogia de Jesus: sua própria mãe. De todas as mulheres que vimos até agora, ela talvez seja a que pareça a mais pura, a mais "perfeita". Afinal, ela não teve relações sexuais com o sogro, não pertencia a um povo pagão e idólatra, não era adúltera e muito menos prostituta.

Realmente, todos os indícios apontam para uma moça especial. E isso soa até óbvio, porque Deus não escolheria qualquer uma para gerar o Messias. Deveria ser alguém que O conhecesse e temesse, e estivesse sempre buscando a Sua vontade.

Maria, como todo povo judeu, esperava pelo Messias. Ela sabia que ele nasceria de uma virgem: “Portanto, o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel” (Isaías 7:14). Todo o povo de Israel sabia disso, pois conhecia a profecia de Isaías. Mas veja o que aconteceu quando o anjo Gabriel foi avisá-la do que aconteceria:
“[E]ntrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:28-35).
Ora, se Maria sabia que o Cristo nasceria de uma virgem, e o anjo estava lhe dizendo que ela seria a mãe dEle (Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim), por que o espanto, ao constatar que ela não tinha "relação com homem algum"?

Maria podia estar familiarizada com as escrituras, mas na hora H, vacilou. Porém, isso não durou muito. Logo aceitou o chamado a ela feito, e pronunciou algumas das palavras de entrega mais belas da Bíblia: “Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra”(Lucas 1:38). Maria foi muito corajosa, pois naquela época, se uma mulher engravidasse sem ser casada, ela seria apedrejada. Mas Maria nada temeu, pois entendeu que podia confiar no Seu Senhor.

A escritora Ellen White nos dá um vislumbre de como eram os pensamentos de Maria, quando Jesus já era adulto:
A vida de Cristo foi assinalada pelo respeito e o amor à Sua mãe. Maria acreditava em seu coração que a santa Criança dela nascida, era o tão longamente prometido Messias; não ousava, entretanto, exprimir essa fé. Foi, através de sua existência terrestre, uma partilhadora dos sofrimentos do Filho. Com dor testemunhava as provações que Lhe sobrevinham na infância e juventude. Por justificar o que sabia ser direito em Seu procedimento, via-se ela própria em situações difíceis. Considerava as relações domésticas, e a terna solicitude da mãe em torno dos filhos, de vital importância na formação do caráter. Os filhos e filhas de José sabiam isto e, prevalecendo-se de sua ansiedade, procuravam corrigir as atitudes de Jesus segundo norma deles.

Maria argumentava muitas vezes com Jesus, e insistia em que se conformasse com os usos dos rabis. Ele, porém, não podia ser persuadido a mudar Seus hábitos de contemplar as obras de Deus e buscar aliviar os sofrimentos dos homens ou mesmo dos mudos animais. Quando os sacerdotes e mestres solicitavam o auxílio de Maria em dirigir Jesus, ficava grandemente perturbada; o coração tranqüilizava-se-lhe, porém, quando Ele lhe apresentava as declarações das Escrituras em apoio de Seu proceder.

Por vezes ela vacilava entre Jesus e Seus irmãos, que não criam ser Ele o Enviado de Deus; no entanto, abundantes eram as provas de ser divino o Seu caráter. Ela O via sacrificar-Se pelo bem dos outros. Sua presença criava em casa uma atmosfera mais pura, e Sua vida era como um fermento operando entre os elementos da sociedade. Puro e incontaminado, andava entre os excluídos, os rudes, os descorteses; entre injustos publicanos, ímpios samaritanos, soldados pagãos, rústicos camponeses e a multidão mista. Dirigia aqui e ali uma palavra de simpatia, ao ver criaturas fatigadas, vergadas ao peso de duras cargas. Partilhava de seus fardos, e revelava-lhes as lições que aprendera da natureza acerca do amor, da benevolência e bondade de Deus (Ellen White, O Desejado de todas as nações, p. 91).
Maria não era perfeita, como alguns de nós poderíamos pensar. Não quero dizer com isso que ela era uma mulher má, presunçosa, orgulhosa, ou qualquer coisa parecida. Aliás, qualquer tipo de desrespeito à lembrança dela é desprezível, pois para Deus cada filho Seu tem valor. Apenas precisamos desmistificar algo que muitos têm como certo: Maria não era santa, pelo menos, não como muitos entendem o "ser santa". Ela não era isenta de pecado, imaculada, como se imagina. Ela era pecadora como todos nós. Tinha seus defeitos, como acabamos de ver, mas também possuía muitíssimas qualidades.

Jesus nos advertiu quanto a qualquer tipo de possível idolatria que poderíamos desenvolver em relação àquela que foi Sua mãe terrestre. Disse Ele, quando algumas pessoas vieram lhe dizer que sua mãe e seus irmãos o procuravam, "[Q]ualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe" (Marcos 3:35). Jesus aqui queria nos mostrar que, qualquer que faz a vontade de Deus, tem para Ele o mesmo valor que tinham Seus parentes. Doutra feita, quando uma mulher disse que eram bem-aventurada aquela que O havia concebido e os seios que O haviam amamentado, Ele respondeu: "Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!" (Lucas 11:28). Jesus nos mostra que quem quer que guarda os ensinamentos de Deus é bem-aventurado, e não alguns poucos escolhidos.

Maria foi alguém muito especial, e essa meditação, como nenhuma das outras desta série, não teve o objetivo de depreciá-la, muito pelo contrário. Mas devemos nos lembrar de que ela era como nós, nem melhor, nem pior. Tinha seus defeitos, e também suas qualidades. E é por isso mesmo que devemos nos alegrar de ela estar na genealogia de Cristo. Deus escolheu não pessoas "perfeitas", mas aquelas bem semelhantes a nós, cheias de problemas, dúvidas, fracassos, pecados, com o intuito de nos mostrar que Ele nos aceita como somos, e é capaz de operar verdadeiros milagres em nossas vidas e de nos usar para tomarmos parte em Sua santa obra.

Não quer você ser como Maria e dizer "sim, Senhor, quero que cumpras em mim o objetivo que tens, que eu possa ser instrumento Teu para a alegria de outros!". Não se acha digno? Nem Maria nem qualquer outra das cinco mulheres o era. Mas tenha isso em mente:

“pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. ” I Coríntios 1:27-28

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ascendência de Cristo - parte IV: Bate-Seba

“Davi mandou perguntar quem era. Disseram-lhe: É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu.” (II Samuel 11:3)

Continuando a genealogia de Cristo, quero falar hoje sobre a quarta mulher mencionada. Mateus não diz o nome de Bate-Seba, mas fala “o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias;” (Mateus 1:6). Sabemos, então, que se trata dela, pelo texto de II Samuel.

É outra de quem não se fala muito. Apenas sabemos seu nome, que significa “filha de um juramento”, e que era casada, quando foi vista por Davi, banhando-se. Vista e logo desejada.

Não sabemos por que Bate-Seba resolveu tomar banho naquele horário e ainda mais de forma tão exposta que foi vista do terraço da casa real. O que sabemos é que o rei Davi a desejou, e mandou chamá-la. Logo em seguida, a Bíblia fala que se “ela veio, e ele se deitou com ela” (II Samuel 11:4).

Realmente não há como saber se havia alguma forma de Bate-Seba negar aquele “convite”. Ela poderia sofrer alguma penalidade por não obedecer ao rei, é verdade. Não sabemos se ela foi feliz da vida, ou somente porque era “obrigada”. Não sabemos se o que ela fez foi para provocar o rei, ou se foi apenas ingênua. O que sabemos é que aquilo foi errado. Foi adultério. E de uma coisa podemos ter certeza: tanto Davi como Bate-Seba sabiam que estavam cometendo algo impuro aos olhos de Deus. Ainda mais quando pensamos que, enquanto eles faziam aquilo, o esposo de Bate-Seba, Urias, estava nos campos de batalha, lutando pelo reinado de Davi. Davi este que fez com que Urias fosse colocado em posição tal que morreria rapidamente.

Adúltero e assassino. Esse era o Davi naquele momento. Adúltera, era assim que poderíamos denominar Bate-Seba naquela situação em que se encontrava. E ainda assim, tiveram a honra de ser antepassados do Cristo. É estranho, para não dizer terrível, para muitos ver que essas pessoas acabaram sendo lembradas dessa maneira, ou seja, como aqueles cuja linhagem levou a Jesus.

Mas, paremos um pouco e pensemos em nós: somos mesmo tão melhores que Davi e Bate-Seba naquela situação? Sim, porque depois se arrependeram e voltaram ao que era correto. Casaram-se e tiveram Salomão como filho, o homem mais sábio que já existiu na face da Terra. Mas, voltando à pergunta: somos melhores que eles? Somos isentos de pecado? Somos “perfeitos”? Sabemos a resposta. Nós, mesmo que sejamos crentes há anos, somos tão pecadores e impuros quanto foram Davi e Bate-Seba. E o que a Bíblia diz de nós? “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus” (I João 3:1). Merecíamos isto? Não, nem antes nem agora. Somos maus e pecadores, mas Deus nos chama de filhos.

Que você, ao ler sobre Bate-Seba na genealogia de Cristo, não fique indignado de ver ali uma pecadora, mas louve a Deus pelo Seu tão grande amor por nós, “a ponto de sermos chamados Seus filhos”.

“Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias;” – Mateus 1:6, genealogia de Cristo.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Qual a verdade, afinal?

Hoje li a seguinte frase no Twitter de um amigo: "Existem 10 mandamentos para tudo e o único que brigam que virou 9 é o bíblico."

Interessante esse pensamento. Vemos isso por aí. São "os dez mandamentos" para uma vida feliz, "os dez mandamentos" para uma alimentação saudável, "os dez mandamentos" para um casamento perfeito...e por aí vai. Mas na hora de encarar os mandamentos de Deus, aí parece que só existem nove mesmo. Duvidam?

A grande maioria dos cristãos evangélicos diz que não precisamos mais guardar os mandamentos. Que Jesus os aboliu quando morreu na cruz. Interessante. Mas eles mesmos não matam, não roubam, não adulteram... Acham que tudo isso é errado e contrário aos ensinamentos bíblicos. E estão certos! Mas quando questionamos: "E por que vocês não guardam o Sábado, como orienta o quarto mandamento?", eles logo respondem: "Porque Jesus mudou o dia de guarda".

E assim é sempre inventada uma nova desculpa. Ora a lei foi abolida, ora foi modificado apenas um mandamento. Qual é a verdade afinal? Por que não se chega a um consenso? Foram os dez mandamentos realmente abolidos? Ou só foi o quarto? Acredito que nem mesmo eles saberiam responder a essas perguntas.

Mas não tem importância. A Bíblia responde. E ela diz:

"No sétimo dia Deus acabou de fazer todas as coisas e descansou de todo o trabalho que havia feito. Então abençoou o sétimo dia e o separou como um dia sagrado, pois nesse dia ele acabou de fazer todas as coisas e descansou." (Gênesis 2:2-3)

"Guarde o sábado, que é um dia santo." (Êxodo 20:8)
Depois, no Novo Testamento, não vemos qualquer referência a uma mudança do dia de guarda. Pelo contrário! Jesus confirma a importância do Sábado, ensinando-nos a guardá-lo (respeitá-lo, santificá-lo) da forma correta:
"É, por conseqüência, lícito fazer bem nos sábados." (Mateus 12:12)

"E não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a qual há dezoito anos Satanás tinha presa?" (Lucas 13:16)

"Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor." (Mateus 12:8)
Inclusive, o próprio Jesus guardava o Sábado:
"E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler." (Lucas 4:18)
Você não acha que, se Ele tivesse realmente mudado o dia de guarda para o domingo, teria deixado isso bem claro em Sua palavra? Ou teria usado a palavra "domingo" no lugar de "sábado" nos textos que mencionei? Quando os fariseus fossem condená-lO por fazer curas aos sábados, Ele simplesmente poderia ter dito: "Não meus amigos, eu curo no Sábado porque este não é mais um dia santo. Agora o dia a ser lembrado é o domingo!" Mas não foi isso que Jesus fez...

E não foi porque Ele não mudou Seus mandamentos. Eles continuam os mesmos, do 1º ao 10º. E se você guarda os outros nove, por que não guardar o quarto também? Lembre-se:
"O SENHOR Deus diz: “Obedeçam às leis a respeito do sábado; não cuidem dos seus próprios negócios no dia que para mim é sagrado. Considerem o sábado como um dia de festa, o dia santo do SENHOR, que deve ser respeitado. Guardem o sábado, descansando em vez de trabalhar; não cuidem dos seus negócios, nem fiquem conversando à toa. Se me obedecerem, eu serei uma fonte de alegria para vocês e farei com que vençam todas as dificuldades; e vocês serão felizes na terra que eu dei ao seu antepassado Jacó. Eu, o SENHOR, falei”" (Isaías 58:13-14).
Que essas bênçãos sejam realidade em sua vida! Vale a pena seguir a vontade do Senhor...

Música Um Dia de Esperança from Igreja Adventista on Vimeo.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Aquela mulher junto ao poço

“Quem beber desta água tornará a ter sede” (João 4:13)

Tentando responder a um questionamento de um companheiro do jornadear cristão, volvi meus olhos mais uma vez à tão conhecida história de Jesus e a mulher samaritana (João 4:1-42).

Jesus, diferente dos homens de sua época, não se importava de conversar com mulheres (mesmo que essas não fossem tão “santas” como se esperava das mulheres naquela época), muito menos com samaritanos – inimigos declarados dos judeus, dos quais Jesus fazia parte. Nessa história, desde o começo vemos que Jesus não dava qualquer importância a preconceitos e tradições infundadas. Primeira lição a aprender...

Depois, ao continuarmos lendo o texto, vemos que Jesus pede água à mulher, ao que ela responde: “Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?” (João 4:9). E Jesus diz: “Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva” (João 4:10). É como se Ele dissesse que não Se importava nem um pouco com convenções humanas, e que o que Ele tinha para dizer era bem mais importante. Creia, se você sentir que Deus está falando, não comece a criar empecilhos, o que Ele tem a dizer é importante, e você precisa ouvir.

A princípio, notamos que a mulher não entende bem o que Jesus quer dizer. Pensa que Ele estava falando da água comum, H2O, que bebemos todos os dias. Mas Jesus pediu água apenas como um pretexto para falar com ela sobre coisas maiores e mais importantes. E logo revela a que veio: diz à mulher que sabia que ela não era casada, e que já havia tido cinco maridos. Surpreendeu aquela mulher, revelando coisas que Ele não podia saber, a não ser que fosse ao menos um profeta, como a mulher constatou logo. Conquistando dessa forma a atenção total daquela samaritana, Jesus se mostra como o Messias esperado também pelos inimigos dos judeus. A partir daí, aquela mulher torna-se uma missionária, convidando todos a quem podia para conhecerem o Cristo vivo.

Mas talvez o momento mais importante desse relato não tenha sido este, e sim quando Jesus disse: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:13-14). Como a mulher, podemos nos perguntar: que água é essa que mata a sede para sempre? Essa água é a vida plena que só Jesus pode dar. A paz, a plenitude, a felicidade, a confiança, que só existem naquele que realmente recebe a Fonte de águas vivas, Jesus. O mundo nos traz muitas aflições, medos e angústias. Sentimos um vazio que nada nem ninguém consegue preencher. Mas quando recebemos dessa “água”, isso desaparece. Esse vazio vai embora, pois é preenchido por Cristo. Não importa quantos “desertos” tenhamos que atravessar, pois o nosso “cantil” estará sempre cheio. Se tivermos Jesus em nossa vida, não mais sentiremos essa sequidão em nosso coração, porque Jesus é a Água Viva, que hidrata e nunca se acaba.

Mas não é só isso: essa água é tão abundante que pode ser distribuída a outros. Quando uma pessoa decide aceitar Jesus em sua vida, ela agora passa a espalhar alegria e paz por onde vai. Foi o que aconteceu com a mulher. Ela avisou a todos que conhecia que tinha finalmente encontrado o Messias. Essas pessoas foram ver Jesus, e depois passaram a crer não porque a mulher tinha falado, mas porque eles mesmos tinham-no visto e reconhecido como Salvador...

Para terminar, um texto da escritora americana Ellen White:
“Aquele que busca matar a sede nas fontes deste mundo, beberá apenas para tornar a ter sede. Por toda parte estão os homens descontentes. Anseiam qualquer coisa que lhes supra a necessidade da alma. Unicamente Um lhes pode satisfazer essa necessidade. O que o mundo necessita é "o Desejado de todas as nações", é Cristo. A divina graça que só Ele pode comunicar, é uma água viva, purificadora, refrigerante e revigoradora da alma. (...)Essa mulher representa a operação de uma fé prática em Cristo. Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como missionário. Aquele que bebe da água viva, faz-se fonte de vida. O depositário torna-se doador. A graça de Cristo na alma é uma vertente no deserto, fluindo para refrigério de todos, e tornando os que estão prestes a perecer, ansiosos de beber da água da vida.” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, págs. 187 e 195)

sábado, 1 de maio de 2010

Ascendência de Cristo - parte III: Rute

Hoje vamos falar da terceira mulher citada na genealogia de Jesus: Rute. Essa realmente é uma história especial.

Rute não era israelita. Se fosse hoje, poderíamos dizer que não era cristã. Ela era moabita e adorava outros deuses. Porém, casou-se com um homem cuja família conhecia o Deus verdadeiro. Esse homem tinha mais um irmão, que também se casou com uma moabita. Porém, ele, seu irmão e seu pai morreram. Noemi, a mãe do rapaz, decidiu voltar para Judá, e disse às suas duas noras, Rute e Orfa, que voltassem a seu povo. Que lá encontrassem novos maridos e fossem felizes, com as bênçãos de Deus. Foi um momento muito triste. Depois de muito choro, Orfa decidiu voltar para a casa de seus pais. Mas Rute não. Rute fez o inesperado e decidiu ir com sua sogra. E é nesse momento da história em que vemos algumas das mais belas palavras citadas na Bíblia. Rute diz:
Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti. (Rute 1:16-17)
E com essas palavras Rute dá uma reviravolta em sua vida. É exatamente em momentos assim, complicados, que muitas vezes Deus escolhe agir de forma ousada nas nossas vidas. Elas mudam de uma forma estranha, mas sempre para melhor, porque Ele só quer a nossa felicidade.

No local em que foi morar com a sogra, Rute conheceu um bondoso homem chamado Boaz. Eles se casaram, e do casamento nasceu Obede, avô do rei Davi. E da descendência de Davi veio Jesus.

A história de Rute tem muitas lições maravilhosas para nós. Uma delas é que Deus não se importa se você não creu sempre nEle, não se importa se você nem sempre andou em Seus caminhos. Para Ele o importante é que você esteja com Ele hoje, agora. Mas a maior lição é que, quando decidimos seguir o Deus verdadeiro, não importa quão destroçada esteja nossa vida, Ele é capaz de transformar tristeza em alegria, pesar em prazer, maldição em bênção. Foi isso que o Senhor fez na vida de Rute e fará na sua e na minha, se assim permitirmos.

Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute, gerou a Obede; e Obede, a Jessé; Jessé gerou ao rei Davi Mateus 1:5-6, genealogia de Cristo

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Muletas

Tenho uma amiga que disse hoje: Gente que usa Deus e/ou os amigos como muleta. Quando supõe que pode suprir suas necessidades egoístas com outras coisas, deixa-os de lado. Eu conheço! Quão triste fiquei ao constatar que eu também conheço pessoas assim.

Triste, sim, pois isso não é motivo de felicidade. Saber que as pessoas parece que usam não só seus supostos amigos, como também Deus. Usam enquanto creem que deles necessitam, depois esquecem-se deles, como quando a gente joga o lixo fora, e nem se lembra mais do que vai ali dentro.

O fato é que pessoas não deveriam ser usadas. São seres humanos com sentimentos como você, e da mesma forma que você, choram, sofrem, cansam, ferem-se... E não adianta dizer que você não gosta de gente muito
sensível, pois todos somos muito sensíveis vez ou outra. E do mesmo modo que sofremos quando achamos que somos injustiçados ou quando alguém parece nos usar, podemos esperar que os outros sintam a mesma coisa quando somos nós que temos essas atitudes para com eles. Se você quer um ombro amigo para chorar, desabafar ou questionar-se, lembre-se de ser tudo isso para a pessoa que te ajudou, se ela precisar. Não simplesmente a ignore, como se nem a conhecesse. É muito feio obter favores e não ser agradecido, não apenas com um ligeiro obrigado, mas com atos de carinho.

Agora, o pior mesmo, é achar que pode usar Deus. Orar, pedir e chorar quando precisa, só para deixá-lO de lado pouco tempo depois, quando tudo parece ter voltado ao normal. Prometemos que seremos os melhores se Deus fizer assim ou assado. Mas o que acontece é que, quando obtemos aquilo que tanto desejávamos, a oração, a leitura da Bíblia, a fé, a comunhão com o Senhor, enfim, vai tudo para o lixo. Ignoramos Deus de uma forma tal que somos capazes de fazer tudo o que O entristece, sem nos importamos nem um pouco com isso.

Eu não sou perfeita. Não estou escrevendo isso para dar
lição de moral em ninguém. Tenho meus defeitos, assim como todo membro da raça humana, mas não consigo entender usar pessoas e Deus, e achar tudo muito natural. Não posso aceitar essa atitude, ela me deixa indignada. E não porque a pessoa errou. Errar todos erramos. Mas quando nos damos conta, voltamos atrás, pedimos perdão, buscamos o arrependimento sincero e voltamos nossos olhos a Deus. Mas os usurpadores agem como se o que fizessem fosse normal, e nem sequer entendem que há motivos para se arrependerem.

Não sei se esse é o seu caso. Mas se for, não se turbe. Deus não o odeia, apesar de você achar que pode usá-lO como muleta, como disse minha amiga. Ele o ama, não importa o que você faça. Peça a Ele que mostre onde você está errando, onde precisa se corrigir, e aceite a mão que Ele oferece para você agarrar. Torne-se verdadeiramente dependente dEle
e não apenas quando lhe convém , deixe-O guiar sua vida, aceite Seus conselhos amorosos para uma vida feliz, e espalhe alegria por onde passar. Lembre-se:

Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. (...) Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. I João 2:17, 4:7-8
Related Posts with Thumbnails