quarta-feira, 20 de maio de 2009

Conhecer...

Um ano, dois anos, três anos... Uma década... Cinquenta anos... Quanto tempo se leva para realmente conhecermos alguém?

Acho que nem meus pais, que conviveram 28 anos comigo, me conhecem completamente. Nem eles, que convivem juntos há 32 anos, acho que não se conhecem completamente. Nós, seres humanos, creio que nunca chegaremos a esse tipo de “perfeição” no conhecimento de outro, quer seja pai, mãe, irmã(o), cônjuge. Mas quanto nos cobramos essa sabedoria!

Nós somos meros seres humanos. Não podemos esperar de nós mesmos – ou do outro – o conhecimento de tudo na vida, mesmo que diga respeito ao relacionamento que temos com esse “outro”, seja há quanto tempo for. A natureza humana é muito complexa, e nem Freud conseguiu explicar tudo sobre ela. Ao tentar fazer isso, corremos o risco de criarmos ideias errôneas sobre as situações, achando que a pessoa tem algum problema por não nos conhecer como gostaríamos, ou que ela não se importa conosco de verdade (porque, do contrário, pensamos, ela saberia tudo sobre mim).

O único que sabe TUDO sobre nós (inclusive o tanto de fios de cabelo que temos em nossa cabeça) é Deus. Ele sabe literalmente tudo. Pois foi Ele que nos criou, é Ele que nos sustém e Ele é a própria perfeição.

Você acha que precisa conhecer melhor outra pessoa? Quer demonstrar que a ama e que se importa com ela, e busca conhecê-la mais e mais a cada dia, mas parece nunca ser o suficiente? Converse com Deus. Ele irá, se você assim o desejar, te ensinar mais sobre esse outro ser humano a cada dia, facilitando o seu conhecimento e convivência com tal pessoa. Você nunca vai conseguir conhecer tudo sobre ela. Mas vai aprender muito mais do que hoje sabe. Siga essa dica e tenho certeza de que não vai se arrepender.

“Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais!” – Lucas 12:7

O amor do Pai

“Ao testemunhar Adão os primeiros sinais da decadência da natureza, com o cair das folhas e o murchar das flores, chorou mais sentidamente do que os homens choram hoje os seus mortos. As flores murchas não eram a razão maior do desgosto, visto serem tenras e delicadas; mas as altaneiras, nobres e robustas árvores arremessando suas folhas e apodrecendo, apresentavam diante dele a dissolução geral da linda natureza, que Deus criara para especial benefício do homem.” (Ellen White, História da Redenção, pág. 55)

Ao ler esse texto, sempre me emociono. Fico pensando em como deve ter doído àquele homem ver tudo se acabando ao seu redor, e pensando como era culpado.

Uma das lições da escola sabatina de 2008 nos fala sobre isso. Lemos assim:

“Paulo também ensina que a queda de Adão e Eva colocou o mundo natural sob o poder do pecado: “Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou” (Rm 8:20, NVI). O poder danoso e corruptor do pecado alcançou a criação de Deus neste planeta. O verbo sujeitar indica que a natureza está sob a autoridade de algum poder que usurpou sua verdadeira beleza e seu significado. Este foi o resultado, não de sua própria ação, mas de alguma outra coisa: a entrada do pecado (Rm 5:12). A natureza está agora “sujeita à inutilidade”. A palavra inutilidade designa aqui frustração e vazio. Essa palavra é usada em Efésios 4:17 para descrever não a natureza, mas os indivíduos que, à parte de Cristo, vivem “na inutilidade de seus pensamentos” (NVI). (Ángel Manuel Rodriguez, Lição da Escola Sabatina, 4º trimestre de 2008).

Fico a imaginar o sofrimento de Adão. Ver tudo aquilo acontecendo, ele, que tinha visto o mundo nos seus primórdios, na sua perfeição edênica. Ele que nunca havia visto uma flor murchar, um animalzinho morrer, uma folha cair da árvore. Adão, que nunca havia sentido dor, nem nunca havia ouvido alguém chorar, teve que ver sua amada esposa Eva chorar e se contorcer, quem sabe até gritar de dor, para dar à luz seus filhos. O primeiro homem que existiu neste mundo, que nunca havia visto a morte, teve que ver um de seus filhos morrer assassinado pelo próprio irmão, e o outro fugir pelo mundo, onde viveria a correr de um lado para outro, sem mais paz…

Quantos de nós já não nos sentimos assim? Por causa de nossos erros, sejam eles em forma de palavras, pensamentos, atos ou omissões, quantos já fizemos sofrer? E, ao ver seus sofrimentos, arrependidos e amargurados, choramos, nos lamentamos, nos arrependemos, sofremos…

Assim foi com Adão, assim é com cada um que veio após ele, para viver aqui neste mundo. Sofrimento, tristeza, arrependimento, coisas que Deus nunca quis que existissem no meio de nós, fazem com que nossa vida tenha tantos momentos infelizes.

Mas, eu me alegro em saber que isso não é tudo. A vida não se resume a sofrer, fazer outros sofrerem, viver em tristeza perene. O pecado, o mal que atingiu nosso mundo, não pegou Deus de surpresa. Não! Nosso Deus tudo sabe, ele é Onisciente, Ele tem pre-ciência, sabe tudo desde o princípio! Ele sabia o que poderia acontecer caso o mal penetrasse no nosso planeta. E Ele já tinha tudo preparado. A Bíblia diz que Jesus é “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8). Desde antes de existir a Terra, Deus já tinha tudo preparado. “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23), alguém pecou, alguém teria que morrer, Deus não poderia ir de encontro à Sua própria lei. Mas Ele “amou o mundo de tal maneira, que deu Seu filho unigênito, para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Como Deus é maravilhoso! Ele nos ensinou o caminho em que devíamos andar, mas nós escolhemos nos desviar dele, e havia uma penalidade. Deus é justo, e não poderia deixar de aplicá-la. Mas Ele também é misericordioso, e decidiu levar sobre Si mesmo o resultado do erro que cometemos. Por causa disso, podemos ter conforto, na certeza de que há esperança para nós.

“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.” (Romanos 5:10 e 11).

Louvemos a Deus, pois Seu amor por nós dura para sempre!

“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” – I Coríntios 15:57

A maior história de amor

“Mundialmente aclamada como a mais bela e trágica história de amor de todos os tempos, Romeu e Julieta conta a história de dois jovens apaixonados, Romeu Montéquio e Julieta Capuleto. Filhos de famílias rivais, acabam por não conseguir resistir ao ódio que os separa, mas o seu amor perdurará para além da morte.” (Webboom.pt)

Não pense que quero falar das tragédias envolvendo casais de namorados. Quero falar hoje da afirmação que acabamos de ler. Ela nos diz que essa história, a famosa história de Romeu e Julieta, é a maior história de amor de todos os tempos. Mas será que é mesmo? Bem, antes de você chegar a qualquer conclusão, deixe-me contar uma outra história ocorrida muitos anos atrás…

Havia um pai muito bondoso que tinha um único filho. Esse seu filho era igual a ele em tudo, nos gostos, nos pensamentos, no modo de ser. Eles tinham, ainda, um amigo muito íntimo, muito próximo, muito semelhante a eles, com quem conversavam sobre tudo, com quem dividiam toda a sua existência.

Um dia, esses três amigos, em consenso, resolveram que suas vidas estavam muito solitárias. Eles precisavam de outros com quem dividir seu amor, bondade e amizade. Se fosse hoje, poderíamos dizer que eram como um casal sem filhos, ansiosos por um bebê que pudesse alegrar ainda mais suas vidas.

Pois bem, decididos, esses três amigos, que ainda carregavam em comum a capacidade de criar vidas, resolveram criar outros seres. Seres maravilhosos, perfeitos, que iriam ajudá-los em sua missão. Seres também poderosos, não tanto quanto seus criadores, mas belíssimos e com muita sabedoria e capacidades. Chamaram a esses de ‘mensageiros’.

Feito isso, sentiram vontade de criar outros seres, diferentes dos mensageiros. Sabe os pais de quem falei antes? Pois é, se eles fossem esses pais, talvez tivessem pensado: “Temos uma linda menina, vamos ter um menino também?” Sim, aqueles amigos amavam a diversidade. Queriam ter outros seres, a quem pudessem chamar verdadeiramente “Filhos!”, sabendo que seriam ouvidos com ternura. Queriam ter filhos a quem cuidar, acalentar, amar. E criaram mundos maravilhosos e perfeitos, nos quais esses filhos semelhantemente maravilhosos e perfeitos iriam morar.

E começaram, então, a obra maravilhosa que é o criar. Desenharam formas perfeitas, que foram pintadas com cores inimagináveis, cada detalhe, como diz uma música de que gosto muito, “um toque de amor”. Criaram tudo muito lindo, muito singelo, tudo perfeito…

Começaram então a fazer amizade com seus filhos amados. Os mensageiros viam tudo com muita admiração e regozijo. Já conheciam aqueles três amigos há bons tempos, e sabiam o quão amorosos eram, o quanto haviam ansiado e esperado pelo momento de conversar e compartilhar momentos especiais com aquelas outras criaturas a quem chamavam de filhos.

Porém, um dos mensageiros, chamado Portador de Luz, começou a achar estranho tudo aquilo, começou a sentir ciúmes. Ele via a conexão perfeita existente entre o Homem e o seu Filho. Ninguém entendia o porquê daquilo, uma vez que ele era tão querido e amado, tão bem tratado, sendo o mais destacado dos mensageiros, o líder do coral que eles formavam, enfim, o mensageiro mais importante, respeitado e amado tanto quanto os outros, tanto quanto os filhos espalhados nos diferentes planetas.

Contudo, o fato é que, sem explicação, aquele mensageiro se rebelou. Inventou mil e uma mentiras sobre o Homem, e saiu espalhando sua inveja aos outros mensageiros. Um terço deles se juntou ao ‘mestre’ e o ambiente naquele lugar, outrora de paz, começou a mudar. O Homem conversou e implorou ao seu mensageiro tão querido, para que mudasse seus pensamentos, para que sua rebeldia inexplicável tivesse fim, para que entendesse que ele, o Homem, o amava demais, mas foi tudo em vão. O clima piorou ainda mais. O Homem chorou muito, assim como seu Filho e o Amigo deles. Não sabiam o que fazer… Você tem filhos? Algum deles, por nenhuma razão, já teve raiva e se rebelou contra você? Você se lembra de como foi duro, não é? Pois foi assim que aqueles três se sentiram…

Só que, infelizmente, nada mudou, a despeito dos pedidos insistentes dos três amigos. Portador de Luz e seus companheiros foram finalmente retirados daquele lugar, por não pertencerem mais a ele. Não podiam ser destruídos, pois além de terem sido objetos do amor de seus criadores, não poderiam simplesmente ser calados. O universo precisava saber quem tinha razão: o Filho do Homem, seu Pai e seu Amigo, ou Portador de Luz.

Foram, então, pra um dos planetas criados pelos três amigos. Queriam convencer aos Filhos que viviam naquele lugar de que o Homem era mau, assim como seu Filho e seu Amigo. Queriam, já que não conseguiram destruir a casa do Homem, arruinar a vida maravilhosa que ele havia dado aos filhos daquele planeta, para, de algum modo, ferir o seu criador.

Ao chegarem nesse planeta longínquo, logo trataram de fazer a cabeça dos seus dois únicos moradores. Estes, por sua vez, embora tivessem sido previamente avisados pelo Homem da existência de Portador de Luz e de suas falácias, acabaram por acreditar nele, que apareceu disfarçado de um exótico animal, falando-lhes meias-verdades. Caíram em suas lorotas, achando que estavam descobrindo grandes verdades, nunca dantes reveladas, e oh quão duro foi saber, pouco depois, que haviam caído no erro de que tanto o Homem os alertara.

Depois disso, o mundo deles se transformou. Não mais perfeição ou beleza, não mais pureza, amor perfeito. Agora, dor e morte faziam parte de suas vidas. Eles conheciam a verdade. Sabiam que o mal não poderia coexistir com o bem. Um dos dois acabaria prevalecendo, e o que eles fizeram deveria ser seguido de morte. Morte sim, embora eles tivessem preferido acreditar em Portador de Luz, que falou que não morreriam, ainda que fizessem o contrário do que tinha sido dito pelo Homem.

Verdadeiramente, o preço tinha que ser pago. Houvessem apenas seguido a ordem do amoroso criador, e nada daquilo estaria acontecendo. Como doía lembrar disso a cada segundo! Como doía saber que se apenas tivessem seguido seu caminho, sem dar ouvido àquele que, agora eles sabiam, era o maior dos enganadores do universo, poderiam continuar suas vidas, felizes e perfeitos, como sempre foram. Mas não. E essa certeza os corroía por dentro.

Mas eis que o Homem os chama! No meio da desgraça, ouvem a voz de seu criador. E tentam se esconder, sabendo do erro que cometeram, esquecendo-se de que não conseguiriam se esconder do ser que mais os amava no universo. Não sabiam que ele já previa que isso poderia acontecer. Havia criado seus filhos com a capacidade de escolha. Não queria que o amassem apenas por medo ou obrigação. Queriam que o amassem por escolha própria. E sabia que ele mesmo corria o risco de ver seus filhos escolhendo não amá-lo. Mas esse era o preço a pagar e ele estava disposto a isto. Já tinha tudo planejado. Se, por algum motivo, seus filhos fossem tão longe que tivessem que morrer, ele estaria disposto a fazer algo que não somente não fugiria às regras dadas aos filhos, como também não traria tanto sofrimento a eles. Então, o Homem começou a contar a seus filhos o que ia fazer.

Contou-lhes que alguém precisava morrer, esse era o preço. Contou-lhes que os amava muito e não queria que morressem. Os filhos agora olhavam para o Pai sem entender o que se passava em sua mente tão infinita e tão sábia, tão além de suas capacidades. O que deveria acontecer então? E o Criador continuou então sua explicação, dando a eles uma notícia ao mesmo tempo alegre e terrível. Não precisariam morrer! Não eternamente! Claro, um dia, devido à nova configuração daquele mundo, seus corpos enfraqueceriam, ou encontrariam algo mais forte do que eles, e cessariam de funcionar. Mas poderiam voltar a vida! Não precisavam deixar de existir para sempre, que é o que estava fadado a acontecer, e que eles sabiam muito bem.

Não precisariam morrer eternamente, porque o Filho do Homem havia decidido tomar os seus lugares! Daria a vida no lugar deles, e no lugar de quem mais quisesse aceitar tão misericordioso presente! Oh alegria incomum! Como podiam ficar felizes e tão tristes ao mesmo tempo?! O Filho do Homem, a quem tanto amavam, iria morrer. Iria sofrer como ninguém nunca sofreu nem vai sofrer neste planeta, iria ser traído, negado, maltratado, cuspido, humilhado… E, finalmente, morto. Por amor a eles!!!

Era muito para suas mentes fragéis compreender! Mas, mesmo assim, aceitaram o presente. Sabiam que não mereciam, sabiam que nada haveria que pudessem fazer para pagar o preço da tão honrosa dádiva. Mas aceitaram e seguiram suas vidas. O Criador rogou-lhes que contassem aquela história a todos os seus descendentes, para que tivessem um pouco de alegria em suas vidas. Alertou-lhes de que alguns haveria que não iriam dar crédito. Mas que seguissem contando, sem se preocupar com aquilo. E como não iriam contar? Como conseguir não contar a todos a mais bela história de amor de todos os tempos?!

Gostou? É. Essa é única e verdadeira “mais bela história de amor de todos os tempos”! Está na Bíblia, para quem quiser ler. E o melhor: é verdadeira!!! É REAL! -“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” (Lucas 19 :10)

P.S.: Se quiser saber mais sobre essa história real, deixe seu recado aqui no blog ;)

Viagem ao Céu

“E vós sabeis o caminho para onde eu vou.” (João 14:4)

Você já leu “Viagem ao céu”? É um livro de Monteiro Lobato (autor que amo desde criança), em que os famosos personagens do mais famoso ainda “Sítio do Picapau Amarelo” empreendem — literalmente — uma viagem ao céu. Segundo a Wikipedia,

“O Visconde de Sabugosa tinha morrido afogado e Emília resolveu ressuscitá-lo. Ele reapareceu, mas transformado num sábio inglês, o “Dr. Livingstone”. Na verdade, o Visconde ficou sendo as duas coisas: ele próprio, e o “Dr. Livingstone”. Acompanhados do novo Visconde, Pedrinho, Narizinho e Emília, e levando com eles a Tia Nastácia e o burro falante Conselheiro, resolveram por em prática uma aventura inimaginável, uma viagem ao céu!
Pois é! Eu nunca li esse livro dele [ainda!], mas o título me pareceu bem sugestivo para o que quero compartilhar com vocês hoje. Na época do carnaval, meus pais vieram nos visitar, e nos levaram para o Morro de São Paulo, aqui na Bahia. Eu já conhecia o lugar – havia feito uma visita rápida em 2005 – mas meu esposo não conhecia. E meus pais nos levaram pra lá. Ficamos hospedados num hotel muito bom.

Através dessa viagem que fiz, pude conhecer melhor mais um pedacinho desse imenso estado em que moro. E é simplesmente lindo o lugar! Vegetação maravilhosa, praias mais ainda, calmaria, ausência de problemas e dificuldades… Tudo era só diversão, enquanto estávamos lá.

Mas, no fim da viagem, meu esposo começou a sentir-se mal, com febre, calafrios e moleza no corpo. Dois dias depois, voltamos pra casa, e aí foi a minha vez de ficar doente. E a nossa viagem ao “céu” também não durou eternamente. Quinta-feira, depois do carnaval, lá tava eu na lida de novo… Trabalhando, enquanto muitos ainda se recuperavam da ressaca.

Pois é amigos. Enquanto estivermos aqui nesse planetinha tão pequeno, imerso na Via Láctea, poderemos ter muitos bons momentos. Momentos alegres, divertidos e tão maravilhosos que vai parecer, à semelhança de Pedrinho, Narizinho e Emília, que teremos feito uma viagem ao céu, a um pequeno “paraíso” aqui na Terra. Mas tais momentos não durarão pra sempre. Eles sempre vão acabar. E depois a gente vai ter que voltar ao trabalho duro, ou ao estudo estafante, ou “à realidade”, como costumamos dizer.

Mas o que essa viagem me fez lembrar, é que um dia teremos, sim, uma verdadeira Viagem ao Céu. Iremos ao verdadeiro Paraíso, que Deus, em Sua misericórdia, tem preparado pra nós.

É isso que Jesus fala na Bíblia, no livro de João, capítulo 14. Vamos ver?

Jesus disse: - Não fiquem aflitos. Creiam em Deus e creiam também em mim.

Na casa do meu Pai há muitos quartos, e eu vou preparar um lugar para vocês. Se não fosse assim, eu já lhes teria dito.

E, depois que eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também.

E vocês conhecem o caminho para o lugar aonde eu vou.

Interessante essa última frase de Jesus. Ele disse, logo em seguida: “Eu sou o Caminho, a verdade e a vida.” Ou seja, Ele mesmo é o caminho pra chegar a esse lugar onde Ele está agora, e para onde quer nos levar. Vai ser uma viagem maravilhosa, para o melhor lugar do mundo, para o verdadeiro Céu, o verdadeiro Paraíso, quando Jesus voltar a esse mundo para nos buscar. Sim, porque Ele prometeu isso, como acabamos de ler. Já pensaram? Nada de doenças, cansaço, fadigas, maldade ou morte. Nada vai atrapalhar essa viagem, como aconteceu com a minha, e ela não vai ter que acabar para voltarmos à realidade, porque ela mesma será a nossa realidade, feliz realidade!

E para isso, veja que simples, você tem apenas que aceitá-lO, como o verdadeiro Salvador e Redentor da humanidade, e Senhor da sua vida…

Pois Ele é o verdadeiro caminho para a verdadeira e eterna felicidade… Para a verdadeira Viagem ao Céu…

Paz

Você já parou pra pensar no que significa a palavra “paz”? Sempre ouvimos falar dela, seja na TV, jornais, ou até quando se fala no Prêmio Nobel da paz. Mas o que é paz, realmente? Será que é o que tanto ouvimos falar nos meios de comunicação? O dicionário diz que paz é:

“1 Estado de um país que não está em guerra; tranqüilidade pública. 2 Tratado que mantém ou restabelece esse estado: Assinar a paz. 3 Repouso, silêncio. 4 Tranqüilidade da alma. 5 União, concórdia nas famílias. 6 Sossego.”

Mas será que é só isso? E mais, o quão importante é termos a verdadeira paz em nossas vidas?

Em João 14:27, lemos o seguinte: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” Nosso Jesus querido é Aquele que nos promete a paz. Na verdade, podemos dizer que Ele é a própria paz. E notem o mais interessante: a Sua paz é diferente da paz do mundo.

Aqui, podemos fazer uma paradinha e pensarmos: o que é paz pras pessoas do mundo de hoje, desse mundo em que vivemos? Simples ausência de guerra? Nada de brigas em casa? Ganhar dinheiro e ter uma vida tranqüila, podendo comprar o que quiser, sem se preocupar com nada? Viver num lugar bem afastado? Vejam que interessante: há pessoas que, quando estão deprimidas, ou com algum problema, se alguém vai conversar com elas, dizem logo: “Me deixem em paz!”, e se trancam em seus mundos sombrios. Como se problemas, depressão, tristeza fossem o mesmo que paz.

Vemos que o mundo tem uma visão realmente distorcida de paz. Paz não é nada disso. Há pessoas que são riquíssimas e não têm paz. Ausência de guerras ou de problemas em casa também não são garantias de paz pra ninguém. Pessoas existem com muita saúde, vigor, poder, mas sem paz.

Isso porque no mundo em que vivemos, sempre teremos problemas. O próprio Jesus deixou o recado: “No mundo, tereis aflições” (João 16:33). Isso não parece animador.

Mas, há uma boa notícia. Vejamos o que está escrito em Isaías 9:6:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”

Jesus é o Príncipe da Paz. Que boa notícia! Ter paz é ter Jesus no coração. Por isso não importa se temos dinheiro ou não, se pessoas nos magoaram ou não, se há algo errado ou não: se temos Jesus em nossa vida, temos PAZ! E é essa paz que só Ele pode nos dar, que nada no mundo consegue superar, que nos faz, mesmo em meio às batalhas da vida, lutarmos e sermos vencedores.

Mas, como fazer pra termos essa paz? “Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.” (Isaías 26:3). O segredo foi revelado pela própria palavra de Deus! O segredo é confiar.

Só confiamos em quem conhecemos, verdade? Não deixamos nossos filhos com qualquer um, não emprestamos nossos pertences a um desconhecido. Pra confiar, preciso conhecer. E com Jesus não é diferente. Pra confiarmos nEle, precisamos conhecê-lO. E conhecer quer dizer conversar com Ele todos os dias, “ouvir” o que Ele tem a nos dizer, através da Sua santa Palavra. Não é assim que conhecemos todas as pessoas?

Pois é, e essa convivência traz conhecimento, e o conhecimento, confiança. E a confiança, paz…

Não é fácil largarmos as coisas que gostamos de fazer pra termos alguns momentos com Jesus. Mas é importante, necessário. Demanda esforço de nossa parte, como lemos em Lucas 13:24: “Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.” Não é fácil, mas certamente não é impossível. E os resultados são garantidos.

Não é maravilhoso saber que podemos, sim, ter essa paz, a qualquer momento do dia, mesmo quando estamos sufocados pelo trabalho, problemas ou pressões? Que eu e você possamos, todos os dias, buscar a Jesus, buscar Sua paz.

“O meu povo habitará em moradas de paz, em moradas bem seguras e em lugares quietos e tranqüilos,” – Isaías 32:18

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Bálsamo de vida

O texto que quero comentar hoje está em Jeremias 8. Vamos ler?

"Acaso, não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?" (Jeremias 8:22)

Aqui, Deus está dando mensagens fortes, para que Jeremias, profeta do Senhor, entregue ao povo, que agora está afastado dos caminhos de Deus, apostatado, fazendo o que bem entende. Deus estava muito triste com toda aquela situação, vendo Seu povo, a quem Ele tanto amava, distante dEle, seguindo seus próprios caminhos, e caminhos de perdição. A tristeza do Pai é tão grande que Ele diz "Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; estou de luto; o espanto se apoderou de mim." (Jeremias 8:21)

Deus não consegue entender porque o Seu povo, que podia ter tudo o que quisesse de Suas mãos, prefere ir atrás de ídolos, de imagens de ouro, prata ou madeira, que nada fazem, que nada podem. E Ele começa a dizer o que vai acontecer com aquele povo tão rebelde e desobediente, caso não se voltem ao Senhor. Mas é interessante que o capítulo não termina com as conseqüências do pecado do povo, e sim com indagações, da parte de Deus: Será que não há bálsamo em Gileade? Será que não há cura aqui? Será que não há Médico aqui? Por que é então que o povo continua donte?

Pensemos em nós, hoje. Será que não encontramos em Deus tudo de que precisamos? Será que Ele - e Ele apenas - não é suficiente para completar todo o vazio do nosso coração? Será que Ele não é mais o Médico dos médicos, que pode curar todas as enfermidades, quer físicas, emocionais ou (principalmente) espirituais?

Sabemos a resposta a essa pergunta. Por que, então, corremos pelo mundo afora em busca de coisas que não nos preenchem? De fama, de diversões que nos fazem mal, de dinheiro em demasia - que às vezes custa nossa saúde -, de beleza exterior apenas, vivendo atrás de moda, botox, plásticas e afins, esquecendo-nos da interior (que é a que mais importa)... Correndo de bar em bar, de mulheres em mulheres (ou de homens em homens)... Por que, como diria Isaías, gastamos nosso dinheiro naquilo que não é pão, e o nosso suor naquilo que não satisfaz (Isaías 55:2)?

Deus está à porta do nosso coração, sempre pronto para atender às nossas necessidades. Ele está sempre atento, sempre de olhos abertos. É o Médico dos médicos e tem em Suas mãos santas o bálsamo de Gileade, um bálsamo que cura a dor mais profunda do nosso coração. Por que correr de um lado para outro, quando tudo que temos que fazer é ir aos pés de Cristo e receber Suas tão maravilhosas bênçãos?

Tudo que temos que dizer é: Sim, Senhor, quero que Tu me recebas em Teus braços de amor! Não posso mais, não agüento mais essa vida sozinho, sem alegria, sem paz, sem Ti. Quero alegria no coração, paz em meu ser! Ajuda-me! Derrama sobre mim teu bálsamo e cura meu coração!

Que o Senhor nos abençoe e nos ajude a viver em novidade de vida!

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*Bálsamo:
Alívio, consolo, lenitivo
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